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Foto do escritorRudá Lemos

Setembro Amarelo: Getulinho realiza capacitação




No mês que é destinado a reflexão e cuidado ao lidar com a Saúde Mental – o chamado Setembro Amarelo – a conscientização sobre a problemática do suicídio é mundialmente trabalhada. Na segunda-feira (16/09), o Hospital Getulio Vargas Filho – Getulinho, organizou uma capacitação para seus profissionais sobre a temática, em uma segunda parceria com a instituição Infância Protegida no ano. A psicóloga Patricia Castello foi a convidada especial e ministrou aula teórica e dinâmica de debate de casos entre presentes que lotaram a Sala de Treinamento.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cerca de mil crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos cometem suicídio no Brasil por ano. Por ser uma unidade de atendimento pediátrico (até os 15 anos), a preocupação na comunidade hospitalar sobre a temática se faz necessária. Sinais de alertas como as autolesões em cortes, a irritabilidade, baixa autoestima e tristeza contínua da criança e do adolescente devem ser vistos de modo empático.


Todos os profissionais precisam estar sempre atentos a todos sinais de possível violência no paciente assim que chega ao hospital, seja aquelas violências ocasionadas por outrem, como as autoflageladas, ocasionadas por problemas como ansiedade, psicose e depressão.


Além do atendimento humanizado rotineiro do hospital – que também tem seu próprio setor de Psicologia -, os casos devem ser notificados, acompanhados e encaminhados para os organismos responsáveis na rede de saúde.


Patricia alertou sobre a importância do matriciamento, que é o trabalho em equipe dos diversos setores do hospital funcionando de forma integrada, bem como a proteção ao sigilo da vítima da violência. A escuta ativa e a escuta especializada (descrita na lei 13431/17) também são estratégias qualificadas de atenção para esses casos. “Dentro da escuta, essencial no trabalho de acolhimento, conseguimos perceber o sofrimento e a violência que a criança pode estar passando”, afirmou a psicóloga.


A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Niterói conta com o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSI Monteiro Lobato), em Santa Rosa, exclusivo para essa população – bem como ambulatórios de saúde mental na maioria das suas unidades de saúde. Aos profissionais e interessados no tema, é recomendado também o acesso às cartilhas do Ministério da Saúde, através do endereço www.gov.br/saude.


Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio gratuitamente. O atendimento é realizado pelo telefone 188 (24 horas por dia e sem custo a ligação).


Texto e Foto: Rudá Lemos

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