Reforma do IR cria constrangimento moral para super-ricos, diz Haddad
- Redação RT Notícia
- há 2 dias
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A proposta de Reforma do Imposto de Renda (IR) voltou a ocupar o centro do debate político e econômico no país. Em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, o ministro disse que a proposta em discussão no Congresso Nacional gera um "constrangimento moral" para os super-ricos.
Segundo Haddad, há um movimento crescente de insatisfação entre os contribuintes de maior renda diante da possibilidade de mudanças na estrutura tributária. Ele explicou que as alterações propostas têm como objetivo combater desigualdades históricas no sistema de arrecadação, mas reconheceu que há resistência por parte de setores mais privilegiados da sociedade.
A declaração foi feita em um contexto de amplas discussões sobre justiça fiscal no país. O ministro argumentou que, embora a proposta ainda esteja em fase de análise, ela já produz efeitos no debate público ao evidenciar as diferenças de tratamento entre os diversos grupos sociais no sistema tributário brasileiro.
Ainda de acordo com Haddad, uma das prioridades do governo é garantir que a tributação seja mais progressiva, ou seja, que quem tem maior capacidade contributiva pague proporcionalmente mais impostos. Ele ressaltou que o atual modelo favorece distorções, especialmente em relação à tributação sobre lucros e dividendos, o que, segundo ele, precisa ser corrigido.
A equipe econômica defende que a reforma seja conduzida em conjunto com outras medidas já em curso, como a reformulação da tributação sobre o consumo e o avanço no combate à sonegação. Haddad lembrou ainda que há um compromisso com o equilíbrio fiscal e que qualquer mudança será feita de forma responsável.
Parlamentares e especialistas têm se dividido quanto à proposta. Parte do Congresso defende um modelo que incentive investimentos e simplifique o sistema, enquanto outra parcela apoia a ideia de um sistema mais justo, com maior participação dos que concentram renda.
O tema segue em análise nas comissões da Câmara e do Senado e deve continuar a movimentar o cenário político nos próximos meses. A expectativa do governo é que um texto de consenso seja votado ainda este ano.
Com informações da Agência Brasil
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