Um estudo realizado por especialistas da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Escolhas destaca a importância da produção local de alimentos para melhorar a alimentação nas grandes cidades brasileiras. Publicado recentemente, o estudo revela que oito em cada dez adultos que vivem em capitais do país não consomem a quantidade mínima recomendada de frutas, legumes e verduras.
De acordo com a pesquisa, apenas 19% dos alimentos adquiridos pelos domicílios em 2018 foram frutas, legumes e verduras, enquanto alimentos ultraprocessados têm ganhado espaço nas dietas urbanas. Essa tendência preocupa órgãos de saúde, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), que destaca os riscos à saúde associados ao consumo frequente de alimentos ultraprocessados.
O estudo sugere que a produção local de alimentos saudáveis pode ser uma solução para esse problema. Ao produzir alimentos perto dos consumidores, os custos de transporte e comercialização podem ser reduzidos, refletindo em preços mais acessíveis para os consumidores finais. Além disso, os circuitos curtos de comercialização incentivam a venda direta dos alimentos produzidos pelos agricultores locais, sem intermediários.
Segundo estimativas do Instituto Escolhas, a região metropolitana de São Paulo teria potencial para abastecer 20 milhões de pessoas com legumes e verduras anualmente, caso iniciativas de produção local fossem incentivadas. Em outras cidades como Belém, Curitiba, Rio de Janeiro e Recife, esse potencial também é significativo.
Diante desse cenário, a promoção da produção local de alimentos saudáveis emerge como uma estratégia fundamental para melhorar a qualidade da alimentação nas áreas urbanas, combatendo problemas de saúde associados à má nutrição.
Com informações da Agência Brasil.
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