Lula demite Silvio Almeida após acusações de assédio sexual

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, nesta sexta-feira (6), após acusações de assédio sexual. As denúncias foram recebidas pela ONG Me Too Brasil e envolvem relatos de importunação ocorridos no ano passado. Entre as supostas vítimas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida nega as acusações e afirma que se trata de uma perseguição sem provas.

Lula exonera Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

O presidente Lula demitiu Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania após denúncias de assédio sexual. A decisão foi tomada em reunião realizada no Palácio do Planalto, na qual Lula afirmou que a situação do ministro havia se tornado insustentável.

Almeida, que nega as acusações, teria sido questionado por Lula sobre a possibilidade de pedir exoneração, mas o agora ex-ministro recusou, afirmando que tal atitude poderia ser interpretada como uma confissão de culpa.

Denúncias de assédio sexual foram feitas à ONG Me Too Brasil

As denúncias contra Silvio Almeida foram divulgadas pelo portal Metrópoles e confirmadas pela ONG Me Too Brasil. A organização, que atua no combate à violência sexual, recebeu relatos de importunação contra o ex-ministro que teriam ocorrido em 2022. Uma das denúncias seria da ministra Anielle Franco.

Após a divulgação das acusações, o caso gerou uma crise no governo federal, levando o Palácio do Planalto a acionar a Comissão de Ética da Presidência da República para investigar os relatos.

Silvio Almeida nega acusações e fala em perseguição

Silvio Almeida divulgou uma nota oficial e um vídeo em que nega veementemente as acusações de assédio sexual. Ele afirmou que as denúncias são "ilações absurdas" com o objetivo de prejudicá-lo e apagá-lo do cenário político e social.

Em sua defesa, Almeida disse que as denúncias carecem de materialidade e que irá buscar responsabilização judicial contra os autores dos relatos e a ONG Me Too Brasil.

Comissão de Ética e Polícia Federal investigarão as acusações

A Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento para apurar as denúncias, dando um prazo de dez dias para Almeida apresentar sua defesa. Além disso, a Polícia Federal também anunciou a abertura de um inquérito para investigar o caso, com o objetivo de ouvir todas as partes envolvidas.

Lula se pronunciou nesta sexta-feira sobre o caso, reforçando que o governo não manterá no cargo pessoas que pratiquem assédio.