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Detalhes da tentativa de golpe: Bolsonaro e aliados expostos

Polícia Federal desencadeia ação contra ex-presidente e membros do governo

(Foto: Carolina Antunes/PR)

Na última terça-feira (8), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos integrantes de seu governo, incluindo ministros de Estado e militares. A ação, batizada de "Tempus Veritatis" ou "Hora da Verdade", segundo informações da Agência Brasil (EBC), investiga a formação de uma suposta organização criminosa com o intuito de promover um golpe de Estado.


A operação foi desencadeada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, fechar um acordo de colaboração premiada com os investigadores da PF. Esse acordo, já homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), levou à deflagração da operação.


Segundo as investigações, o grupo teria elaborado uma minuta, com participação de Bolsonaro, que propunha uma série de medidas contra o Poder Judiciário, incluindo a prisão de ministros da Suprema Corte. Além disso, promoveu a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro e monitorou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação.


A PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, com autorização do STF. Os investigados estão proibidos de manter contato entre si e de deixar o país, além de estarem suspensos do exercício de funções públicas.


Entre os alvos da operação estavam ex-ministros como Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Walter Souza Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Anderson Torres. Além disso, foram presos Felipe Martins, coronel do Exército Marcelo Costa Câmara e major Rafael Martins de Oliveira.


A organização investigada teria se dividido em diversos núcleos para atuar na tentativa de golpe e de ataque ao Estado Democrático de Direito. A operação abrangeu diversos estados do país e contou com o acompanhamento do Exército.


As investigações apontam que o grupo elaborou uma minuta de decreto para executar o golpe de Estado, incluindo a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições. A PF também identificou que membros do grupo monitoraram deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes, indicando possíveis alvos.


Essa ação representa um marco nas investigações sobre possíveis ameaças à ordem democrática no Brasil, com desdobramentos ainda em curso. A sociedade aguarda mais informações sobre o desenrolar desse caso e suas consequências políticas e legais.

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