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Brasil enfrenta colonialismo digital e busca soberania tecnológica, alerta sociólogo

Brasil precisa de soberania digital para enfrentar o colonialismo de dados



O Brasil ainda enfrenta desafios para alcançar sua soberania digital, conforme aponta o sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, da Universidade Federal do ABC (UFABC). Segundo o professor, o país é politicamente independente, mas sua infraestrutura digital ainda está sob controle de grandes empresas estrangeiras, principalmente dos Estados Unidos.


Silveira define o colonialismo digital como a capacidade de países que sediam as gigantes de tecnologia de controlarem fluxos econômicos, políticos e culturais de outras nações. No Brasil, a coleta de dados pela big techs e o uso dessas informações para criar produtos que são revendidos ao mercado local exemplificam essa dependência.



Influência das big techs e perda de controle sobre dados


As maiores empresas em valor de mercado atualmente são do setor de tecnologia da informação, como Microsoft, Apple e Google. Essas companhias, além de lucrarem com os dados dos brasileiros, também influenciam decisões políticas e econômicas. A pressão dessas empresas sobre governos e a oposição a regulações são parte do que Silveira chama de colonialismo digital.


O pesquisador Michael Kwet, autor do livro Colonialismo Digital: O Império dos EUA e novo imperialismo no Sul Global, aponta que as corporações minam o desenvolvimento local e dominam o mercado. O controle da arquitetura digital global, principalmente pelos Estados Unidos, dá a essas empresas imenso poder político e econômico.


Caminho para a soberania digital


Para enfrentar o colonialismo digital, é necessário que o Brasil controle suas próprias tecnologias e infraestruturas digitais. Segundo Silveira, isso envolve não terceirizar centros de armazenamento e processamento de dados para empresas estrangeiras. O conceito de Soberania Digital é central para garantir que o Brasil detenha o controle sobre tecnologias essenciais para o desenvolvimento e autodeterminação.


Investimentos em inteligência artificial e novas políticas


O governo brasileiro lançou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2025, que inclui o conceito de Soberania Digital pela primeira vez em uma política pública. O plano prevê investimentos de R$ 23 bilhões em quatro anos para promover o desenvolvimento da IA no país e fortalecer a capacidade tecnológica nacional.


Em fóruns internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido o desenvolvimento de uma inteligência artificial do Sul Global, que promova a diversidade cultural e linguística e que fortaleça as economias digitais dos países em desenvolvimento.


Regulação da IA no Brasil em discussão no Congresso

No Congresso Nacional, tramita o Projeto de Lei 2.338/23, que visa regulamentar o uso da inteligência artificial no Brasil. A proposta enfrenta resistência de setores da indústria e das big techs, que temem o impacto regulatório sobre suas operações. Para o sociólogo Sérgio Amadeu, essa oposição visa manter o controle das grandes empresas estrangeiras sobre o mercado brasileiro de tecnologia.



Com informações da Agência Brasil



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Detetive Guarulhos


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