Agora há pouco, na noite desta quarta-feira (13), explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e na Câmara dos Deputados deixaram Brasília em estado de tensão. O atirador acabou acertando explosivos em si mesmo e é a única vítima do atentado.
O cidadão foi identificado, em apuração do Correio Braziliense, como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina. Conhecido pelo apelido de Tiu França, ele foi candidato pelo Partido Liberal (PL) ao cargo de vereador em Rio do Sul (SC).
Francisco teria lançado um explosivo contra a estátua da Justiça, localizada em frente ao STF, e foi atingido por um dos artefatos. Testemunhas relataram que ele jogou duas bombas no local, mas uma delas acabou resultando em sua morte. O carro carregado com explosivos foi encontrado nas proximidades.
Durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, a deputada Erika Hilton (PSOL) falava sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra a escala de 6x1 de trabalho, quando a primeira explosão ecoou, seguida por outra menos de 20 segundos depois.
Além desta coletiva, o STF tinha realizado uma sessão sobre letalidade policial, um tema importante no ativismo contra a violência pelos agentes do Estado, em especial nas comunidades e regiões periféricas. A ação no plenário do STF estava sendo acompanhada por diversas autoridades, juristas e importantes representantes da sociedade civil, que debatiam a alta taxa de mortes causadas por operações de segurança pública.
Além disso, outro artefato explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, resultando em danos materiais e incêndio. As autoridades locais, incluindo a Polícia Federal e o Esquadrão Antibombas, isolaram a área e iniciaram investigações. A Polícia Civil também confirmou o início de um inquérito, enquanto o STF divulgou um comunicado destacando a evacuação do prédio por medida de segurança. O ministro Alexandre Moraes divulgou que vai assumir as investigações.
A violência reflete as preocupações sobre a segurança em Brasília, em torno de temas polêmicos que estão sendo debatidos na capital federal - e reacende a chama da possibilidade de estar incluída em um possível ataque coordenado, e liderado por grupos fascistas, levando autoridades a fechar a Esplanada dos Ministérios e reforçar o policiamento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto.
Foto: André Richter
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