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Anistia: mídia abre espaços generosos para projeto que rasga a Constituição



Não consigo deixar de me indignar com um certo tipo de cobertura jornalística sobre o projeto de anistia, que a escória da política quer aprovar sobre pau e pedra na Câmara dos Deputados, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ou seja, uma iniciativa parlamentar legítima como outra qualquer.


Quer dizer, então, que merece ser encarada de forma séria e republicana uma proposta que poupa de punição os protagonistas da tentativa de sabotar a democracia e ferir de morte a soberania popular?


Repare o latifúndio de espaço oferecido pelos telejornais, sites jornalísticos e veículos impressos da imprensa comercial às escaramuças, pressões e tratativas para assegurar a impunidade dos participantes da intentona de 8 de janeiro, principalmente dos mentores, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.


Se tivéssemos uma mídia realmente comprometida com premissas democráticas e republicanas, o projeto de anistia seria relegado ao rodapé das publicações. A idiotice da vez agora é culpar a vítima, no caso o governo, pelo avanço da tese da anistia no Legislativo mais reacionário de todos os tempos. 


Falar seriamente sobre o assunto é não deixar cair não no esquecimento que:


1) Os golpistas, com Bolsonaro à frente, durante anos atacaram a higidez das nossas urnas eletrônicas, dando início à sabotagem do processo eleitoral brasileiro, admirado no mundo todo por sua eficácia, rapidez e segurança. 


2) Em Sete de Setembro de 2021, no Dia da Independência, Bolsonaro promoveu manifestações de cunho golpista, em Brasília e no Rio, chegando a proclamar que não cumpriria mais decisões do Supremo. Essas movimentações antidemocráticas só não avançaram por falta de apoio suficiente na caserna.


3) Bolsonaro está inelegível porque reuniu embaixadores de diversos países para atacar e descredibilizar o sistema eleitoral do país.


4) Uma vez derrotados no segundo turno, os golpistas estimularam o bloqueio das rodovias por parte de caminhoneiros.


5) O passo seguinte foi a organização de acampamentos em frente a quartéis do Exército.


6) Enquanto isso, militares de alta patente faziam reuniões com Bolsonaro, inclusive nas

dependências do Palácio do Planalto, tramando a ruptura da ordem constitucional.


7) Como todo golpista é antes de tudo um bandido, planejavam, através da operação "punhal verde a e amarelo", assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do Supremo e presidente do TSE à época, Alexandre de Moraes. 


8) Pretendiam matar um sem número de pessoas ao colocar uma bomba no aeroporto de Brasília, às vésperas do Natal de 2022. A tragédia só não se consumou porque o artefato explosivo falhou.


9) No dia 12 de dezembro, data em que Lula foi diplomado presidente da República pelo TSE, os golpistas tocaram o terror em Brasília, incendiado carros e ônibus e atacando a sede da Polícia Federal.


10) Em 8 de janeiro de 2023, partiram para a abolição violenta do estado democrático de direito, destruindo as sedes dos Três Poderes da República.


11) Um bozofascista detonou bombas na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF, e depois se suicidou.


Anistia é o cacete!

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