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Ailton Krenak, o novo imortal da Academia Brasileira de Letras, reflete sobre sua eleição histórica


Ailton Krenak. Foto: Wikiemedia/Coletivo Garapa

Ailton Krenak, escritor renomado, filósofo e ativista, expressou surpresa ao ser eleito o mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), uma instituição consagrada à língua portuguesa. Ele marcou a primeira presença indígena na ABL, recebendo 23 votos em sua eleição na última quinta-feira (5).


“A academia é de língua portuguesa, então, admitir o Ailton lá é assumir mais ou menos 200 línguas diferentes”, disse Krenak, demonstrando o desafio que sua presença representa para uma instituição principalmente focada no português.


A eleição de Krenak, um ativista socioambiental e defensor dos direitos dos povos indígenas, é um marco significativo. Sua atuação na Assembleia Constituinte em 1987, representando a União das Nações Indígenas, foi um momento crucial na luta pelos direitos culturais e territoriais dos povos indígenas no Brasil. A eleição ocorreu no mesmo dia em que a Constituição completou 35 anos, ressaltando a importância desses direitos na legislação brasileira.


Krenak vê sua eleição como um exemplo para as novas gerações, afirmando: "A gente não deixa mensagem, deixa exemplo. Quem convive comigo, outros jovens indígenas, crianças, meus netos, eles têm meu exemplo, eles que escolham o que querem fazer ".


Sua chegada à ABL não é apenas um avanço na diversidade da academia, mas também inspirou outros artistas indígenas, como a ativista e artista visual Daiara Tukano, que o descreve como "um pensador do Brasil e sua flecha é afiada". Daiara acredita que a presença de Krenak na ABL, representa mais do que um marco histórico; é um sinal de mudança em uma instituição historicamente dominada por homens brancos.



Da Redação, com Agência Brasil







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