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Foto do escritorMárcio Kerbel

2025: O Desafio da Esperança



O período de festas de fim de ano, com suas confraternizações e encontros familiares, costuma reforçar os ideais de justiça e paz que a maioria de nós deseja realizar. Esse clima de união e esperança, no entanto, contrasta com um cotidiano permeado por violências de todos os tipos, levando-nos a refletir sobre o que conduz a espécie humana a travar guerras e cometer crimes que mancham o presente e ameaçam o destino das futuras gerações.


As guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, os conflitos armados em Moçambique, os ataques de milícias e os tentáculos do crime organizado que se espalham pelo Brasil. O feminicídio e a ideia fixa de propriedade sobre os corpos femininos que alguns homens insistem em cultivar são apenas alguns exemplos das violências que assolam o nosso dia a dia.


O despreparo das forças de segurança, combinado com uma formação que desrespeita regras básicas da civilização, sejam elas na esfera municipal, estadual ou federal, tem resultado em tragédias inaceitáveis. Casos como o de Genivaldo, que morreu em uma câmara de gás improvisada no porta-malas de um carro oficial, ou o ataque a tiros da Polícia Rodoviária Federal a uma família que se dirigia para um encontro de confraternização natalina, ilustram o quanto ainda estamos distantes de um sistema de segurança que proteja vidas.


Em um ambiente que frequentemente estimula o ódio, a paz parece cada vez mais uma utopia distante. A desigualdade social e seus bolsões de pobreza, somadas à desinformação que distorce iniciativas como os programas de  distribuição de renda, criam um cenário de profunda injustiça. É lamentável ver que recursos limitados como os do Bolsa Família, que garantem apenas o mínimo de dignidade, sejam alvo de críticas baseadas em visões equivocadas, enquanto problemas estruturais permanecem sem solução.


A construção de uma sociedade mais cuidadosa e generosa exige a compreensão de que o Estado, por meio de suas políticas sociais, é o caminho possível para transformação. Investir em educação, saúde e assistência social é essencial para que possamos romper com os ciclos de violência e desigualdade.


Que o Ano Novo de 2025 seja um marco para a concretização desse sonho coletivo. Que cada um de nós encontre a energia e a luz necessárias para seguir lutando por um futuro mais justo, solidário e em paz.


Foto: Agência Brasil

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